No Mater, tecnologia amplia possibilidades do ensino de artes durante a pandemia

Novas ferramentas e recursos digitais têm sido usados por professores e alunos; produções estão expostas no ambiente virtual do colégio

O Colégio Mater Amabilis sempre acreditou no potencial do ensino das artes para a formação integral dos estudantes e valoriza a sua importância. No formato remoto, durante a pandemia, o uso da tecnologia tem permitido novas possibilidades, e as aulas seguem com conteúdos sobre os movimentos artísticos e atividades práticas, em que os alunos, a partir das características do que estudaram e de técnicas diversas, criam suas próprias produções.

Segundo Michele Santinello, professora de artes do ensino fundamental II, os recursos tecnológicos até aumentaram a gama de possibilidades usadas nas aulas e na realização de trabalhos. “Utilizo ferramentas variadas, como PowerPoint, Sway e vídeos do YouTube, e também faço gravações para mostrar como realizar determinada técnica. Nas propostas, muitas vezes, lanço temas e deixo os estudantes livres para escolherem a linguagem que querem usar, como pintura, desenho manual ou virtual, fotografia, maquete, vídeo e performance. Temos conseguido trabalhar muito bem com arte pelo modo virtual e criar muitas coisas interessantes.”

Como exemplo de trabalhos feitos durante a pandemia, a professora conta sobre a exposição virtual que criou dentro do próprio ambiente da escola. “Como estávamos afastados, cada um na sua casa, a ideia era que eles tivessem a sensação de estar no Mater. Quando temos aulas presenciais, eu costumo expor o trabalho deles nos corredores, para que todos possam observar, apreciar e se inspirar.”

Michele diz que a exposição virtual também foi uma forma de aproximação com a turma, pois toda a preparação foi baseada nos processos que eram feitos no presencial. “Costumávamos sentar em mesas coletivas para eles opinarem sobre os trabalhos, além de conversar e trocar ideias para eles produzirem. Agora continuo os acompanhando nas aulas remotas e em outros momentos em que eles me procuram. Assim, eles percebem que não estão sozinhos e podem contar comigo da mesma forma que fazíamos nas aulas presenciais.”

A exposição virtual acabou sendo cenário também de um caça-palavras, atividade que integrou um dia de programação especial para os alunos. Em cada ambiente da exposição havia alguns emojis que formavam o título de um filme.

Outro trabalho que Michele destaca foi uma proposta relacionada ao movimento expressionista, em que os estudantes tinham que criar silhuetas humanas e inserir nas imagens palavras que expressassem sentimentos e sensações que estavam vivenciando, além de memórias e sonhos para o futuro. “O expressionismo tem tudo a ver com o momento que estamos vivendo, da expressão do sentimento e emoção por meio da imagem.”

De acordo com a professora, a arte faz parte da nossa vida e não temos como nos separar dela. “Desde pequenos, nos expressamos por meio de rabiscos, desenhos e atribuímos significados a essas imagens. Também utilizamos a arte para nos entreter, e percebemos muito isso na pandemia. A arte tem ainda a capacidade de curar ansiedades, expressar desejos e aquilo que não conseguimos traduzir por palavras. Não tem como existir o ser humano sem a arte.”

 

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