O rendimento escolar caiu, e agora?
Saiba identificar o que está por trás das notas baixas e reverta a situação a seu favor.
A cena clássica da conferência do boletim escolar geralmente se dá ao estilo “hitchcockiano“. O mestre do suspense, Alfred Hitchcock, sabia como ninguém captar a expressão das pessoas. A depender do resultado, não é difícil imaginar a reação de pais e alunos. Mas, se o rendimento não foi bom, o que fazer? “Em um primeiro momento, tentar compreender a situação, ao invés de simplesmente julgar”, diz a orientadora educacional do Fundamental II do Mater, Débora Consoline.
São muitos os fatores que podem gerar queda de desempenho durante o processo de aprendizagem e resultar em notas baixas. Daí a importância dos pais em acompanhar a vivência de estudos sem, no entanto, tirar a autonomia e a responsabilidade do aluno.
Pontos de atenção
Para a orientadora, é preciso estabelecer uma rotina de estudo diária e manter a organização – do tempo, dos materiais utilizados, dos conteúdos, das anotações – já que a falta dessas duas frentes interfere nos objetivos traçados.
A dispersão também compromete bastante os estudos. Redes sociais, games, aplicativos de conversa, televisão, ambientes onde há barulho, interrupções diversas tiram o foco. Se o momento é dedicado ao aprendizado, ele exige concentração.
Pode haver ainda dificuldade de aprendizagem em algumas disciplinas. “Mais do que questionar se o adolescente fez as tarefas de casa, a família deve verificar se ele está ou não conseguindo avançar nas matérias e quais são suas dificuldades para, junto com a escola, definir as melhores estratégias de apoio”, afirma Débora. “No Mater, oferecemos assessoria de estudo, plantão de dúvidas, aulas de reforço e ferramentas para que o aluno se sinta acolhido e se desenvolva de forma integral”, lembra.
E se a questão for outra?
Déficits sensoriais, como não enxergar ou ouvir corretamente, distúrbios de atenção ou memória, também estão entre as causas de queda no rendimento escolar, assim como conflitos emocionais, ocasionados por perdas importantes, desentendimentos, mudanças na rotina habitual. “Para identificar o problema e buscar as soluções mais adequadas, a família e a escola devem permanecer unidas em prol do aluno, inclusive envolvendo cuidados de especialistas”, ressalta.
Desconstruindo a cena clássica
Ao receber o boletim, os pais podem analisar com o filho o que não saiu bem e estipular metas para reverter a situação a favor. Ao invés de cobrar, estimular; ao contrário de comparar com o irmão ou colega, fortalecer a autoconfiança; e diferente de promover tensão, prover aprimoramento, ao incentivar a criatividade, a inovação e as múltiplas habilidades. Aristóteles enfatizava: “Educar a mente sem educar o coração não é educação”.
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