Autonomia: por que é tão importante conquistá-la?
Capacidade de gerir a própria rotina e tomar decisões deve ser trabalhada, desde cedo, como preparação para a vida adulta.
Uma simples mochila de escola pode revelar como está o desenvolvimento da autonomia de uma criança ou adolescente. Um olhar ao ter que tomar a decisão de arrumá-la sozinho também. Criar vínculos é diferente de estabelecer dependência e isso deve ser trabalhado, em casa e na escola, favorecendo a maturidade emocional.
Os pais podem estimular a autonomia dos filhos em tarefas rotineiras, como arrumar a cama, servir o próprio prato, organizar os materiais escolares ou os horários de estudos. Isso traz maior confiança em relação as próprias capacidades, fortalece a autoestima, e melhora a habilidade de encontrar soluções para as dificuldades que possam surgir. No sentido oposto, a superproteção gera dependência, frustrações e outros conflitos, ao paralisar importantes recursos internos que deveriam ser incentivados para lidar com os desafios, as adversidades e as escolhas que ocorrerão ao longo da vida.
“A autonomia ajuda crianças e adolescentes a agir de forma mais consciente, a se responsabilizar sobre suas decisões, a aprimorar o autoconhecimento e a perseverar em seus objetivos. Certamente, quando adultos não vão esperar que digam o que precisa ser feito para definir suas metas e perseguir seus propósitos. Serão autores de sua própria história, cientes de que haverá ganhos e perdas, ônus e bônus”, avalia Rosana Moura, orientadora educacional do Ensino Fundamental I do Mater.
Construção de uma personalidade
Promover a autonomia também auxilia no desenvolvimento motor, cognitivo e nas experimentações, enriquecendo o repertório, os relacionamentos interpessoais, as habilidades socioemocionais e a maneira de enxergar o mundo.
“Construir a autonomia não é desamparar. É manter-se ao lado e estimular ações, que garantam a aprendizagem sobre si e o outro, norteadas pela disciplina, respeito, empatia, curiosidade, cooperação, liberdade e comprometimento, entre várias frentes que venham colaborar para a formação de uma personalidade mais plena e saudável”, reforça Rosana.
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